A prévia da inflação oficial no País desacelerou de uma elevação de 0,64%, em março, para 0,43% em abril. Passagens aéreas e gasolina deram uma trégua, mas os preços dos alimentos voltaram a pressionar o orçamento familiar.
O grupo alimentação e bebidas teve uma elevação de 1,14%, no oitavo mês consecutivo de variação positiva.
Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 25.
Embora tenha ficado dentro do previsto por especialistas, o resultado fez a taxa acumulada em 12 meses acelerar pelo terceiro mês consecutivo, chegando agora a 5,49%, que é o maior patamar para o período em mais de dois anos.
Com isso, a taxa ficou ainda mais longe da meta de inflação de 3% perseguida pelo Banco Central - cujo teto de tolerância é de 4,5%.
"O mercado de trabalho aquecido e o real enfraquecido mantêm o cenário bastante desafiador para a inflação", definiu a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, em comentário.
Ela pondera que, se a queda nos preços de commodities e a perspectiva de um dólar mais fraco perdurarem nos próximos meses - como efeito do tarifaço anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump -, teria espaço para reduzir sua projeção para a inflação no fechamento do ano (hoje, em 5,9%).
Por ora, porém, a convergência à meta segue desafiadora.
O cenário de inflação ainda requer cautela, corrobora o economista-chefe da corretora de investimentos Monte Bravo, Luciano Costa.
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